sábado, 6 de novembro de 2010

Day 15

Hoje a minha cabeça está limpa e eu estou indestrutível.
Ontem tive algumas conversas que valeram por vidas. Percebi que o meu passado só destruiu o meu verdadeiro eu. Enquanto estive preocupada a amar outra pessoa esqueci-me de me amar a mim própria e perdi-me. É exactamente como esta frase: "Não passaste de um vírus que me corroeu a alma e tudo o que de mais belo existia em mim!" Agora a pessoa foi-se e o amor também e ainda bem! Voltou o "eu". Um novo eu, eu sei, mas um eu melhor - pelo menos na minha maneira de ver as coisas. 
Este novo eu voltou a ser atingido pelo amor e este novo eu consegue amar-se a si próprio e à outra pessoa, apesar de a outra pessoa também ter seguido o caminho mais fácil mas eu não a julgo por isso, sabes? 
Agora posso dizer que amo sem que isso me mate. Amo mesmo que já não seja correspondido e que nada possa mais fazer mas não me arrependo! Amo agora alguém com quem me identifico realmente.
Hoje tive uma reacção um bocado de revolta e até de estupidez, eu sei, mas precisava de o fazer, precisava de me soltar realmente e dizer aquilo que pensava e achava. Afinal, apesar de não poder mostrar o amor que sinto, na amizade tentei mostrar um erro da outra pessoa e sim tive pena que essa pessoa não tenha entendido as coisas dessa forma mas também mais nada poderia fazer. Se calhar até estou a ser injusta e a falar do que não sei mas em relação aquilo que sei foi apenas o meu ponto de vista que tentei mostrar e ninguém me pode julgar por isso. 
O meu coração pode passar a vida a pregar-me rasteiras mas apesar de tudo acho que não está mal entregue, mesmo que essa entrega esteja em segredo. Mas por vezes as coisas têm mesmo de ser assim.
A nossa avó foi hoje para o hospital (outra vez). Voltou a ter mais uma daquelas crises infantis que me tiram do sério e que matam a já pouca sanidade mental existente na cabeça da minha mãe, o que consequentemente piora novamente as coisas cá por casa e que me afectam da pior maneira. Já só resta esperar que volte a chegar o mau momento que vai ter de ser novamente ultrapassado, mesmo que seja sozinha desta vez.
Mas sabes que mais? Eu não me importo, não me importo com nada. Prefiro ter uma vida de dor e de infelicidade do que me acomodar a tudo e ter uma vida de sonho que muitos preferem ver e viver. Gosto bastante da minha realidade por mais dura que ela seja e por mais emoções negativas que ela me traga.

1 comentário:

M. disse...

A realidade, por norma, é dura...A tua realidade é bela...Será dolorosa, por vezes...mas é tua!