sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Day 32

O dia hoje até está a correr bem, pelo menos até ao momento.
Tenho tido grandes momentos com os meus amigos nestes últimos dias e têm valido por muito. Tenho dado valor a cada riso e a cada  segundo, mesmo que sejam segundos de total disparate. Afinal, eles são aquilo a que eu posso de realmente chamar o verdadeiro sentido e alegria da vida. 
A bem ou a mal estou a ter a vida que sempre quis, pelo menos a ser a pessoa que sempre quis ser, ou que sempre fui mas que muitas das vezes estava morta ou intoxicada pela presença de outros. Talvez todos os dramas façam mesmo parte disto e eu no final até acabe por gostar.
As coisas cá por casa estão mais calmas também, sem muita discussão, apesar de o ambiente continuar a ser de controlo total. A verdade é que já começo a ficar vacinada e inatingível em algumas coisas, nem que seja até voltar a encher e rebentar. Afinal isso também se tornou uma das minhas rotinas. 
Só não consigo entender uma coisa. Será que a minha querida mãe não consegue entender que assim só me afasta mais? Cada vez me dá mais motivos para a deixar de fora da minha vida e me tornar independente o mais depressa possível. Que cheguem os meus queridos dezoito anos, por favor!
Os dilemas da vida continuam e agora que penso é que começo a ver que eles são das poucas coisas que se podem tornar imortais e não nós.
Hoje estou, também, com um certo espírito de revolta a vaguear-me pelo corpo e talvez também seja por isso que começo a achar cada vez mais que o coração só atrapalha, menos quando toca a amigos e à música, como é óbvio. Acho que me devia deixar guiar pelo corpo e o resto que se foda! Afinal, amar outra vez para quê? Para me desiludir novamente? Acho que já chega, mas tenho a consciência de que não controlo as coisas e muito menos os sentimentos. Bem, que seja o que o diabo quiser.

5 comentários:

Joana Villacampa disse...

não tens que agradecer *

M. disse...

Para de chorar! O mundo não foi feito contra ti! O mundo tem mais que fazer.

Em relação a tua mãe...e se falasses com ela. Abertamente? O papel dela também não será fácil...

Um dia saberás!

Kika disse...

Os dilemas da vida são o sal da vida porque é o que te faz poder mandar as pessoas para o caralho, literalmente!
Outra coisa... Os dilemas não são imortais por si só. Nós é que os imortalizamos por lhes darmos demasiada importância - repara a rapidez com que esqueces os sorrisos e a lentidão como esqueces as discussões.
O nosso lado emotivo (o coração, para ti e meio Mundo) só atrapalha, podes ter a certeza... Mas é ele que nos permite ter as melhores sensações do Mundo que, por muito que nos doa, superam as piores sensações do Mundo. Grave é que nada dura para sempre - ou raramente - e, normalmente, a mágoa é a última sensação.

Por último, mas mais importante: Quem és tu?

Kika disse...

*lentidão com que esque...

Kika disse...

Não tenho tanta certeza assim... Provavelmente estou errada.

Não me parece muito justo, mas tenho de aceitar - porque não tenho outro remédio.