quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Day 31

Hoje pode realmente dizer-se que chegaram as férias, mas a pergunta é: eu quero mesmo as férias? 
A minha cabeça anda as voltas entre a realidade e aquilo que eu própria considero estúpido. Já não sei o que pensar e, consequentemente, já não sei como agir. A vida é tão complicada, tão enigmática e estúpida?!
Mas afinal o que ando eu aqui a fazer? O que anda cada um de nós a fazer? A rir, a chorar, a andar, a viver? Será apenas isso? E mais, será que somos nós que comandamos a vida ou existirá realmente um destino e é ela que nos comanda a nós?
Gostava que quando olhassem para mim vissem mais do que uma pessoa, gostava que vissem um filme, uma história. Mesmo que essa história tenha de ser macabra! Eu não me importo, talvez assim até gostasse mais.
Odeio esta sensação de ser apenas mais uma, mais um ser. Que coisa tão reles e tão deprimente. 
No fundo, acho que apenas gostava de ter um pouco mais de atenção de todos e de ter um certo tipo de imortalidade. Mas como posso eu ser imortal quando me matam todos os dias com uma faca e a vão empurrando tão devagar para dentro de mim? Posso até ser a pessoa mais forte do mundo mas todos nós sabemos que à morte ninguém consegue resistir. É preciso ter consciência disso.
Acho que decididamente deixei que acreditar no amor e em tudo aquilo que dizem existir nele. Muito sinceramente, é tudo uma questão de empatia, de atracção e depois de hábito (ou então não).
Eu não quero magoar ninguém, juro, mas a verdade é que neste momento estou dividida e nem sei muito bem se será entre o amor e o encantamento. A cabeça diz uma coisa mas o impulso que o corpo toma vai para o lado oposto, ou então a minha cabeça já não diz é nada e eu ando completamente apagada.
Sim, eu sei, a minha cabeça até podia ser um rio mas tem a diferença de não ser tão clara, e eu que o diga.
No meio disto tudo até posso dizer que estou a conseguir cumprir alguns dos meus objectivos como por exemplo o facto de já não precisar de chamar ninguém ou pedir ajuda quando estou mal e tornar-me um pouco mais misteriosa, embora comece a achar que esta ultima parte eu já o era mas sem me aperceber. Bem, sempre acho que me posso sentir um pouco realizada, não? 

Fazes tanta falta...

5 comentários:

M. disse...

Acho que sim. pelos textos (só) vislumbra-se alterações (e recuos. verdade...).

Já te disse: crescer doi como o caraças...

Unbeleaveable Person! disse...

M. disse...
"Já te disse: crescer doi como o caraças..."
não podia concordar mais com tal frase.
mas anima-te, pensa que no meio de tanta coisa má que te possa estar a acontecer agora mais tarde ou mais cedo isso muda. é tudo uma questão de (enorme) paciencia

Joana Villacampa disse...

aos poucos vais chegar ao topo, ou pelo menos ao lugar da montanha que queres e prevês. é teres paciência e acreditares em ti, principalmente.
estives-te sem dar notícias, notei a tua falta por aqui.

Kika disse...

Era, francamente, pior se cá andasses e não fosses (reles e simplesmente) pessoa, já pensaste?
O Amor existe.

Unbeleaveable Person! disse...

falta de paciencia...como eu sei o que isso é.

eu + meter cordas de guitarra = incompatibilidade. a sério, não tenho jeito nenhum. tenho que ir pedir para me meterem as cordas no colombo, só que como é altura de natal é mais chato porque vao dizer-me que como têm muito movimento na loja nao as podem por. enfim