terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Day 35

Hoje estou imensamente irritada.
Já não basta ter uma perseguidora obcecada na minha vida que diz amar-me ainda vem um putozito ofender-me a chamar-me p*ta. Eu juro que me falta a paciência. 
Posso ser a pessoa mais calma e compreensiva do mundo, mas quando me ofendem principalmente por falta de vida própria tá tudo fodido. Mas o que me irrita ainda mais não é o facto de me ofenderem, e isso já por si me faz rebentar, é o facto de eu ver o nível de cobardia que algumas pessoas podem atingir. Odeio o tipo de pessoas que fazem de tudo com a porcaria de um ecrã à frente mas que na cara nem a boca abrem e são capazes de andarem a maior parte do tempo com os olhos no chão. E se calhar bem precisam, para ver se não tropeçam em alguém com mais coragem do que eles e não passam a ter um sorriso novo.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Day 34

É Natal e eu estou aqui, entre quatro paredes e com lágrimas a escorrerem-me pela cara.
Sabes, é nestes momentos que eu desejava que o tempo voltasse atrás. Morro de saudades dos tempos em que te tinha do meu lado, em tua casa, com uma árvore de natal sempre bonita. E sim, também me lembro da que se metia na rua feita com luzes. Lembro-me de me deitar em frente à tua lareira e por vezes adormecer e ouvir sempre aquela voz de fundo da nossa avó a ralhar comigo por causa de estar perto do lume e do calor e bla bla bla. Era irritante na altura mas agora olho e vejo algo bom e pelo qual eu dava tudo para voltar a ter.
Tenho as fotos desses tempos mesmo à minha frente. God, como eras tão bonita e como tenho saudades de estar no teu colo e nos teus braços. 
Agora? Agora nem em tua casa consigo entrar sozinha e mesmo acompanhada tenho medo. Quanto à nossa avó está ali, deitada numa cama na divisão ao lado e a dizer coisas sem sentido nenhum. Ora chove dentro de casa, ora é meio-dia ou meia noite e meia, enfim.
Também tenho saudades dos Natais que eram passados em minha casa, já sem a tua presença, mas em que tinha a tua mãe do meu lado e que a sala ficava cheia de papeis de embrulho. Ficava sempre para o dia seguinte se arrumar e limpar tudo. Este ano nem uma única prenda existiu. Hoje juro-te, odeio a limpeza da minha sala. Dá-me um ódio de morte. Eu sei, eu sei que já não estavas incluída nestes Natais mas a tua presença era sempre lembrada. Aliás, tu sempre foste e irás ser o tema de conversa da família. És uma alma enorme.
Apetecia-me agora sentar no chão e fazer pão contigo ou hambúrguer e salsichas de plasticina contigo, e sim, ainda me lembro desses teus presentes.
O Natal para mim já não tinha grande significado por ser uma festa religiosa mas sem a tua presença e sem a da tua mãe agora mete-me nojo e mata-me de ódio.

P.s. Sabes o relógio que aparece em todas estas fotos? Está ali, no meu quarto. Mesmo sem trabalhar vou dormir com ele no meu pulso hoje. Preciso de te sentir de alguma forma. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Day 33

Estive ausente estes dias mas tive motivo para além da falta de vontade desta vez.
Esteve cá aquela pessoa que eu supostamente deveria amar mas cheguei a conclusão de que não. Já o sabia antes mas tive a confirmação. A minha cabeça pertence a outro lado, ou pelo menos o meu conforto.
Não te vou mentir, sabes que é coisa que não faço (e muito menos a ti),  mas a verdade foi que gostei do que tive e do que recebi e não da pessoa que me deu tudo. E sim, aconteceu mesmo tudo. Foi bom, no geral. Apesar de em grande parte dos momentos eu só desejasse que acabasse e que ela se fosse embora mas acho que estava mesmo a precisar do que aconteceu. Admito, já sentia a falta de carinho e desejo pela parte de alguém. Serei fraca por sentir isto?

(O sono é imenso e a vontade de escrever é bem pouca portanto até amanhã meu verdadeiro amor.)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Day 32

O dia hoje até está a correr bem, pelo menos até ao momento.
Tenho tido grandes momentos com os meus amigos nestes últimos dias e têm valido por muito. Tenho dado valor a cada riso e a cada  segundo, mesmo que sejam segundos de total disparate. Afinal, eles são aquilo a que eu posso de realmente chamar o verdadeiro sentido e alegria da vida. 
A bem ou a mal estou a ter a vida que sempre quis, pelo menos a ser a pessoa que sempre quis ser, ou que sempre fui mas que muitas das vezes estava morta ou intoxicada pela presença de outros. Talvez todos os dramas façam mesmo parte disto e eu no final até acabe por gostar.
As coisas cá por casa estão mais calmas também, sem muita discussão, apesar de o ambiente continuar a ser de controlo total. A verdade é que já começo a ficar vacinada e inatingível em algumas coisas, nem que seja até voltar a encher e rebentar. Afinal isso também se tornou uma das minhas rotinas. 
Só não consigo entender uma coisa. Será que a minha querida mãe não consegue entender que assim só me afasta mais? Cada vez me dá mais motivos para a deixar de fora da minha vida e me tornar independente o mais depressa possível. Que cheguem os meus queridos dezoito anos, por favor!
Os dilemas da vida continuam e agora que penso é que começo a ver que eles são das poucas coisas que se podem tornar imortais e não nós.
Hoje estou, também, com um certo espírito de revolta a vaguear-me pelo corpo e talvez também seja por isso que começo a achar cada vez mais que o coração só atrapalha, menos quando toca a amigos e à música, como é óbvio. Acho que me devia deixar guiar pelo corpo e o resto que se foda! Afinal, amar outra vez para quê? Para me desiludir novamente? Acho que já chega, mas tenho a consciência de que não controlo as coisas e muito menos os sentimentos. Bem, que seja o que o diabo quiser.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Day 31

Hoje pode realmente dizer-se que chegaram as férias, mas a pergunta é: eu quero mesmo as férias? 
A minha cabeça anda as voltas entre a realidade e aquilo que eu própria considero estúpido. Já não sei o que pensar e, consequentemente, já não sei como agir. A vida é tão complicada, tão enigmática e estúpida?!
Mas afinal o que ando eu aqui a fazer? O que anda cada um de nós a fazer? A rir, a chorar, a andar, a viver? Será apenas isso? E mais, será que somos nós que comandamos a vida ou existirá realmente um destino e é ela que nos comanda a nós?
Gostava que quando olhassem para mim vissem mais do que uma pessoa, gostava que vissem um filme, uma história. Mesmo que essa história tenha de ser macabra! Eu não me importo, talvez assim até gostasse mais.
Odeio esta sensação de ser apenas mais uma, mais um ser. Que coisa tão reles e tão deprimente. 
No fundo, acho que apenas gostava de ter um pouco mais de atenção de todos e de ter um certo tipo de imortalidade. Mas como posso eu ser imortal quando me matam todos os dias com uma faca e a vão empurrando tão devagar para dentro de mim? Posso até ser a pessoa mais forte do mundo mas todos nós sabemos que à morte ninguém consegue resistir. É preciso ter consciência disso.
Acho que decididamente deixei que acreditar no amor e em tudo aquilo que dizem existir nele. Muito sinceramente, é tudo uma questão de empatia, de atracção e depois de hábito (ou então não).
Eu não quero magoar ninguém, juro, mas a verdade é que neste momento estou dividida e nem sei muito bem se será entre o amor e o encantamento. A cabeça diz uma coisa mas o impulso que o corpo toma vai para o lado oposto, ou então a minha cabeça já não diz é nada e eu ando completamente apagada.
Sim, eu sei, a minha cabeça até podia ser um rio mas tem a diferença de não ser tão clara, e eu que o diga.
No meio disto tudo até posso dizer que estou a conseguir cumprir alguns dos meus objectivos como por exemplo o facto de já não precisar de chamar ninguém ou pedir ajuda quando estou mal e tornar-me um pouco mais misteriosa, embora comece a achar que esta ultima parte eu já o era mas sem me aperceber. Bem, sempre acho que me posso sentir um pouco realizada, não? 

Fazes tanta falta...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Day 30

Não sei como estou, muito sinceramente. Sinto-me mais forte mas mais fraca ao mesmo tempo. Estou talvez indiferente, ou então não.
A minha cabeça está uma confusão, tal e qual toda a minha vida. É só problemas, confusões e coisas para fazer. Sinto-me sem tempo para nada e, consequentemente, sem cabeça.
Em menos de uma semana duas pessoas sonharam coisas comigo e não foi apenas uma vez. Ah, e não, nenhuma dessas duas pessoas é a pessoa com quem "supostamente estou". Tenho mel ou apenas um íman de problemas? Resultado, uma das pessoas acabou por se afastar de mim e está super estranha a outra está constantemente a falar comigo e do meu lado para tudo! Sinto-me bem assim como estou mas ao mesmo tempo sinto-me a trair alguém, será que estou?
Para melhorar as coisas os problemas cá em casa estão de volta e em grande. A minha mãe deve estar prestes a chegar e eu estou a tremer. Começo a ter realmente medo, tanto dela como de mim, do monstro em que ela me está a transformar.
A boa noticia é que os testes acabaram e posso considerar-me finalmente de férias e com mais tempo, pelo menos enquanto a minha mãe não chegar.
Estou desmotivada contudo e não sei o que fazer em relação a nada.
Dia 20 a "pessoa com quem estou" vem cá, e eu quero muito mas tenho um felling que vou ter de desistir de tudo e que vai ser a primeira e ultima vez que vou estar com ela.
Sabes que mais? Não consigo escrever mais, estou atrofiada pelos nervos e as ideias já nem sequer saem com uma sequência lógica. Amanhã prometo que falo disto melhor, como mais tempo.

Desculpa pela ausência, nunca me esqueço de ti, garanto.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Day 28

Hoje estou extremamente irritada portanto fiquem longe.

PUTA QUE PARIU A MATEMÁTICA!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Day 28

Estou a sangrar pelos olhos. São as lágrimas dolorosas de quem perdeu uma das suas melhores amizades.
É tão complicado quando pensamos que estamos a fazer o mais correcto e depois acabamos por fazer asneira. Eu juro, juro mesmo que fiz tudo para o bem dele e nunca para o desiludir ou desapontar. Mas por vezes é assim, não é? Fazemos o errado a pensar que estamos a fazer o certo.
Eu sei qual foi o meu problema, foi ter o coração demasiado grande e querer ajudar todas as pessoas da melhor forma em vez de dar importância apenas a uma pessoa. Bela merda.
Só tenho de lidar com isso o resto da minha vida, para variar.

Gostava que lesses isto algum dia e que entendesses o meu ponto de vista, mas esta vai ser a carta que nunca irás receber:
Desiludi-te, magoei-te, falhei. Deixei-me levar por este coração (de merda) que carrego. É o meu grande problema, deixar-me levar demasiado pelo coração. Já devia ter aprendido que não podia confiar nele, mas somos todos humanos, bichos, burros, não é?
Somos iguais, sempre fomos e foi assim que se originou tudo isto. Eu, tal como tu, não conseguimos lidar ou ver alguém a chorar e acabamos sempre por nos derreter e depois, consequentemente, caímos no erro. Deixei-me levar e saber porquê? Porque estava magoada demais para ver e porque o que te aconteceu sempre foi, no fundo, ou pelo menos na altura, aquilo que eu queria que me tivesse acontecido a mim. Tentei ajudar o mundo, fazer o melhor para todos e acabei por levar com o mundo em cima. É pesado, acredita. Cada vez que levo com ele em cima ele torna-se mais e mais pesado, mas eu aguento, acho que até já estou a começar a ficar vacinada contra todas as suas quedas.
Sabes, às vezes ainda me sinto pequenina sendo "adulta". É Peterpanismo a mais, eu sei, mas ainda sinto que posso ser uma super-heroína e salvar o mundo. Salvar todos, e tal como nos filmes, tudo acabar bem. 
Fiz o melhor para te poder ajudar, e acabei por me lixar a mim. Mas sabes, não me importava nada, mas nada mesmo se me tivesse lixado a mim desde que tu ficasses bem. É e sempre foi o meu objectivo. Senti que estava a fazer o melhor e sabes porquê? Porque tu também me mentiste, ou pelo menos omitiste. Sempre me disseste a verdade que mais te convinha ou talvez a verdade em que te dava mais jeito acreditar. Eu até compreendo, no fundo nunca quiseste que eu te julgasse tal e qual como todos os outros faziam contigo, mas acredita que eu nunca o iria fazer se me tivesses contado toda a verdade. Entende, era a única maneira como eu te poderia ajudar verdadeiramente, se soubesse de tudo e não apenas por aquilo que me contavas, mas compreendo. Afinal o que fiz foi uma traição não foi? Eu já estou a pagar por isso acredita e irei pagar o tempo que for necessário.
Gostava que entendesses o que sinto e o que carrego em mim mas mesmo que não entendas quero pedir-te perdão. 
Ainda lembro todos os momentos que passamos, todas as conversas, que mesmo sem tu saberes, me fizeram chorar tanto por alegria como por tristeza, por revolta da maneira de como é o mundo. Lembro de quando me ligaste bêbado e insististe durante quase uma hora, ou talvez tenha passado disso, para eu dizer "Last Kiss"; lembro de quando me pediste quase desesperadamente para tocar para ti; lembro-me de quando me ligaste durante a noite porque a tua cabeça não conseguia parar e te estava a matar por dentro; lembro da maneira fascinante como somos iguais; lembro das conversas que tivemos somos como o mundo pode ser horrível e nós bichos sem qualquer importância; lembro das vezes que te liguei a chorar e me fazias sempre rir e correr para o espelho; lembro da primeira piada que te disse e que te riste durante imenso tempo; lembro quando me disseste para não falar daquele jeito querido porque te derretia; lembro tudo, tudo tudo. E prometo-te que nunca mas nunca irei esquecer nada do que me deste, nada do que passamos. Foste das melhores coisas que me aconteceu como já te disse, mas tudo o que é bom acaba depressa, é ou não verdade? 
Tenho uma vontade enorme de te pedir perdão mas acima de tudo de te agradecer e dizer-te que és dos melhores amigos que se pode ter, das melhores pessoas que alguém pode guardar eternamente e sem dúvida alguma que o dia em que te conheci foi dos melhores. 
Não sei se deveria fazer isto ou não mas quero deixar-te um conselho. Quando encontrares mais alguém com quem possas fazer o mesmo que fizeste comigo sê sincero a cem por cento. Não te importes se os outros te vão julgar. Sê tu próprio! Isso é o mais importante. Se os outros entenderem e compreenderem ao máximo só irão mostrar o quanto é forte aquilo que vocês têm, senão é porque nada do que vocês têm poderá ser realmente verdadeiro. O verdadeiro amigo compreende e não julga. 
Felicidades irmão. Vou carregar-te comigo sempre. Obrigada pela magia da tua amizade.

P.S. Sabes mais uma coisa? Cada vez que chorar vou rir-me também e correr para o espelho.


(obrigado a todos os que têm dado apoio em comentários.)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Day 27

Que tenho mais a dizer? Estou cansada! - para variar.
Rotina, rotina, rotina, e mais rotina. Estou cansada de não ter tempo para nada e custa quando tenho vontade de vir aqui escrever, de sair, de estar com o meu melhor amigo, de estar comigo! Porque é que a vida às vezes tem de ser tão monótona? 
Tinha tantas mas tantas coisas para te contar mas que já não fazem virem para aqui hoje. Deixa-las ficar no pensamento? Talvez seja melhor. A memória pode ser tão curta as vezes mas tenho de aceitar isso, não tenho outra solução. Pode não ficar nem metade das coisas aqui em palavras mas ficam no meu passado, na minha história. Já não é mau, digo eu.
Desculpa a minha ausência, sinto-me culpada mas a verdade é que não deu mesmo para vir cá.
As coisas cá por casa nem sei bem como andam, cada vez acho mais que a minha mãe quer que eu me molde à imagem dela. Quer dizer, acho? Não! Tenho a certeza, até porque ela já o disse. Sinceramente estou cansada disto mas o meu pai não se quer chatear muito, tem medo que a minha mãe faça algum disparate depois. Mas é melhor eu estar no estado em que estou e a ser prejudicada por isto não é? Claro que sim. E infelizmente não me estou a fazer de coitadinha, quem me dera! As coisas estão mesmo complicas. 
Belo monstro que andam todos a criar, belo monstro.
Até já a minha Directora de Turma reparou que algo se estava a passar e que me estava a afectar de uma forma gigante, como se pode ver pelos últimos resultados dos testes. Veio falar comigo hoje. Que lhe podia eu mais dizer para além de que tenho tentado tudo para aguentar e harmonizar as coisas mas que mesmo assim é impossível, que tudo é em vão? Estou numa situação de merda mas pior do que isso é que não posso sair dela por mais que queira. Estou mesmo a ver que vou ter de aguentar mais dois anos intensos desta bela merda. 
O meu pai agora também deu em me desprezar totalmente, deve estar a adiar para me dizer que não me vai dar a carta, ou então está a espera que me acalme para me pedir mais 50 euros para a legalização da mota. Enquanto tudo isso a minha viola que espere também pela pestana nova que há-de vir no ano seguinte - o que já não é muito mau visto que 2011 está quase a chegar. 
Enfim, pais de merda, vida de merda. 
Preciso de fazer algo, de me distrair. Vá, uma boa noticia? A época dos testes tá quase a acabar e vou ter mais tempo para mim, finalmente!